Martim Mayer, candidato às eleições presidenciais do Benfica, expressou a sua insatisfação com a gestão do clube, destacando a falta de planeamento e estabilidade na secção de futebol.
Martim Mayer, um dos candidatos às eleições presidenciais do Benfica, não poupou críticas à gestão atual do clube, especialmente no que toca à sua secção de futebol. Num texto recentemente publicado, Mayer analisou os últimos mercados de transferências e como as mudanças têm sido implementadas, comparando a situação do Benfica com a de clubes de sucesso como Barcelona, Bayern Munique e Liverpool.
O sócio encarnado argumenta que, ao contrário do Benfica, esses clubes conseguiram regressar ao topo após épocas difíceis, sem realizar revoluções. Em vez disso, mantiveram a estabilidade e a identidade das suas equipas, renovando com critério. Para ele, a atual gestão do Benfica tem seguido um caminho oposto, com um plantel em constante mudança e indefinições que se avizinham a poucos dias de competições cruciais como a Supertaça e a Liga dos Campeões.
Nos últimos três anos, o Benfica comprou 29 jogadores e vendeu 45, um número que Mayer considera alarmante e que levanta questões sobre a estratégia do clube. O candidato destaca que, sem as vendas de talentos formados na academia do Seixal, a situação financeira do clube seria ainda mais preocupante.
Martim Mayer defende que a construção de uma equipa campeã requer estabilidade e um planeamento sólido, propondo cinco pilares fundamentais para alcançar esse equilíbrio: a redução do número de transações, renovações bem planeadas, investimento em formação, melhorias nas infraestruturas e um controlo rigoroso dos fluxos financeiros.
Concluindo, Mayer apela à necessidade de uma gestão que priorize a visão, a ambição e a responsabilidade, enfatizando que o Benfica deve ser gerido de forma competente e decente. O seu objetivo é claro: restaurar a identidade do clube e garantir um futuro promissor, onde o amor pelo Benfica e a valorização dos seus ativos sejam prioritários.