João Diogo Manteigas, candidato à presidência do Benfica, não poupou críticas ao ambicioso projeto ‘Benfica District’ que Rui Costa anunciou esta tarde.
Em declarações à Rádio Renascença, João Diogo Manteigas classificou a iniciativa como “uma medida puramente eleitoralista”, afirmando que “este projeto já se encontrava numa gaveta, num gabinete do Benfica há muitos, muitos anos” e que só agora foi recuperado “devido ao insucesso desportivo”.
O candidato à presidência do clube da Luz foi mais contundente ainda em declarações à SIC Notícias, questionando as prioridades da atual direção: “Andamos a vender João Neves e o Gonçalo Ramos para criar centros comerciais? Ninguém consegue perceber isto”, numa crítica direta à política de transferências do clube nos últimos anos, que gerou mais de 200 milhões de euros com a saída de duas das maiores joias da formação.
João Diogo Manteigas acusou ainda a atual direção de “despesismo completo” e de “ultrapassagem aos sócios”, afirmando que “é uma falta de sensibilidade e é uma falta de respeito para com os sócios”. O candidato sugeriu mesmo que, se a direção não valoriza a opinião dos associados, deveria “vender já mais 50% da Benfica SAD”.
O projeto ‘Benfica District‘, que prevê a transformação da área envolvente do Estádio da Luz até 2030 com novas instalações desportivas, culturais e comerciais, incluindo uma arena de 10 mil lugares, dois pavilhões, museu, piscina e hotel, foi classificado por Manteigas como uma tentativa de desviar atenções do fraco desempenho desportivo do clube.
“Os sócios estão a perceber que isto é uma medida eleitoral”, insistiu Manteigas, que se apresenta como alternativa a Rui Costa nas eleições de 25 de outubro próximo.