O FC Porto iniciou domingo o Mundial de clubes com um valioso ‘nulo’, e ponto, frente ao Palmeiras, numa partida do Grupo A em que a equipa de Abel Ferreira teve as melhores oportunidades.
Em East Rutherford, nos Estados Unidos, o duelo entre portugueses e brasileiros não vai deixar grandes recordações, tal o número de faltas (32 no total, 21 só na primeira parte), interrupções, erros e passes errados que ambas as equipas foram cometendo durante toda a partida.
Oportunidades para marcar existiram para FC Porto e Palmeiras, mas foi a equipa de Abel que construiu as mais flagrantes, tanto no final da primeira parte, com Cláudio Ramos, a aparecer no lugar do lesionado Diogo Costa, a brilhar, e depois nos minutos finais da partida, com o poste a salvar o empate para os ‘dragões’.
Este ‘nulo’ deixa tudo completamente igual no Grupo A após a primeira jornada, com todas as equipas, incluindo o Inter Miami e o Al Ahly, empatadas com um ponto e sem golos marcados ou sofridos.
O médio espanhol Gabri Veiga foi titular e fez a estreia pela equipa de Martín Anselmi, mas acabou por dar poucos nas vistas, com Rodrigo Mora a confirmar que, com apenas 18 anos, é já a grande figura do novo FC Porto.
No Estádio Metlife, já depois do Palmeiras ter entrado melhor na partida, e com Estêvão a ficar perto do golo, foi Mora a responder, com uma jogada que já começa a ser habitual do jovem médio, em que invade a área, roda e atira, mas que desta vez a bola passou muito perto do poste.
De seguida, viveu-se talvez melhor fase do FC Porto no jogo, com os ‘dragões’ a terem mais bola e criarem apuros aos brasileiros na sua área, com o guarda-redes Weverton a ter de intervir por duas vezes.
Nesta fase, Samu mostrou o seu valor nos Estados Unidos, mas acabaria, mais tarde, por ser vitima do seu próprio nervosismo, com muitas bolas perdidas, faltas escusadas e intervenções sem sentido, que foram dificultando as ações ofensivas do FC Porto.
Após um festival de faltas e ‘faltinhas’, e de queixas e ‘queixinhas’ ao árbitro da partida, por parte das duas equipas, o Palmeiras ficou muito perto de regressar ao balneário em vantagem, mas Cláudio Ramos não deixou.
O internacional português (um jogo) fez duas defesas seguidas de grande nível e ambas muito perto da linha de golo e, quando já parecia batido, foi a vez de Francisco Moura impedir o tento brasileiro.
No regresso do intervalo, Fábio Vieira, primeiro, e Zé Pedro, depois, desperdiçaram dois excelentes lances para dar vantagem ao FC Porto, mas rapidamente o jogo voltou a cair na luta a meio campo, com o apito do árbitro a soar demasiadas vezes.
Tudo se alterou com a ‘dança’ das substituições e, nesta fase, ficou claro que o Palmeiras tinha bem melhores soluções que os ‘dragões’, sobretudo com Varela a sair esgotado, numa partida em que o argentino tinha sido uma verdadeira muralha do FC Porto.
O Palmeiras encostou os portistas à sua área e podia muito bem ter marcado, por Flaco Lopez, com Marcano (que grande exibição do espanhol, de 37 anos), em esforço, a impedir que o cabeceamento do argentino fosse em direção da baliza.
De seguida, Murilo apareceu mesmo sem oposição, mas o poste impediu o central brasileiro de festejar.