O Banco Nacional de Angola (BNA) estabeleceu um mínimo de 10 mil milhões de kwanzas em transacções mensais como um dos critérios obrigatórios para que instituições financeiras operem no sistema de pagamentos KWiK.
A exigência consta da Directiva N.º 08/2025, que impõe também como alternativas a manutenção de mil milhões de kwanzas em moeda electrónica armazenada ou um milhão de contas activas de clientes.
Especialistas do sector reconhecem os benefícios para a estabilidade do sistema, mas alertam para possíveis efeitos na concorrência. “O requisito mínimo pode concentrar o mercado nas grandes operadoras, dificultando a participação de instituições menores”, alertou um economista que pediu anonimato.
O impacto destas medidas varia significativamente conforme o porte das instituições. As fintechs emergentes enfrentam desafios consideráveis. “Para uma operadora focada na inclusão financeira, esses valores representam um obstáculo e obrigará parcerias estratégicas para manter a operação no KWiK”, destacou.
O instrumento de pagamento digital KWiK, criado pela Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), registou no 1.º semestre de 2025 mais de 8,6 milhões de transferências, tendo movimentando cerca de 214 mil milhões de kwanzas.
Estes dados indicam um crescimento superior a 999,9% em comparação com o período homólogo de 2024, com uma média diária de 70 mil operações nos últimos meses.