A Nvidia reportou um lucro líquido de 26,42 mil milhões de dólares no segundo trimestre fiscal de 2026, um crescimento de 59% face ao período homólogo. O lucro diluído ajustado por acção fixou-se em 1,05 USD, superando os 0,68 USD registados no mesmo trimestre de 2025 e ligeiramente acima da previsão média dos analistas consultados pela FactSet (1,01 USD).
A receita total atingiu 46,7 mil milhões de dólares, uma subida de 56% em base anual, também acima das expectativas de mercado, que apontavam para 46 mil milhões.
O destaque voltou a ser o segmento de data centers, que integra chips e sistemas para aplicações de inteligência artificial, com receitas de 41,1 mil milhões de dólares — um aumento anual de 56%, embora marginalmente abaixo da estimativa de 41,3 mil milhões.
Segundo a companhia, o desempenho foi impulsionado pela forte procura da sua plataforma de computação acelerada, utilizada em modelos de linguagem de grande dimensão e aplicações de IA generativa. A Nvidia sublinhou ainda o avanço da arquitectura Blackwell, que cresceu 17% face ao trimestre anterior, com a introdução da versão Blackwell Ultra.
Para o terceiro trimestre fiscal, a empresa projecta uma facturação de 54 mil milhões de dólares (com variação de ±2%), excluindo potenciais embarques do chip H20 para a China. O H20, uma versão menos potente dos chips de IA da Nvidia, teve uma liberação de inventário de 180 milhões de dólares, relacionada a uma venda de cerca de 650 milhões para um cliente fora do mercado chinês.
No segundo trimestre, não foram registadas vendas do H20 para clientes baseados na China.
Apesar dos resultados robustos, as acções da Nvidia recuavam 2,6% no after hours em Nova Iorque.