Fragilidade institucional ameaça futuro do Programa Espacial do Gana

O Instituto de Ciência e Tecnologia Espacial do Gana (GSSTI, da sigla em inglês) enfrenta desafios críticos devido ao seu posicionamento institucional que limita o avanço do país no sector espacial.

Ao contrário de nações como Angola, África do Sul, Nigéria, Quénia e Senegal, que alinharam as suas agências espaciais com os ministérios de comunicações e tecnologia, o GSSTI está sob a tutela da Comissão de Energia Atómica do Gana, uma estrutura que dificulta o seu acesso a recursos e apoio estratégico.

Especialistas defendem que o reposicionamento do GSSTI para um ministério focado em comunicações e tecnologia digital poderia transformar o sector. Este movimento garantiria maior visibilidade, priorização orçamental e integração com políticas nacionais de inovação, seguindo o modelo de sucesso de outros países africanos.

De acordo com o Tech Review Africa, a falta de um enquadramento legal claro para o GSSTI tem sido um obstáculo significativo. A Lei da Comissão de Energia Atómica de 2000 não menciona o instituto, deixando-o sem financiamento garantido ou autoridade para cumprir plenamente o seu mandato.

Apesar das limitações, o GSSTI tem demonstrado ambição, lançando há dez meses a primeira Política Espacial do Gana. O documento traça um roteiro para a criação de uma Agência Espacial de Gana, mas especialistas alertam que, sem uma reforma institucional, estes planos podem não sair do papel.

Com o rápido crescimento do sector espacial em África, Gana arrisca ficar para trás se não agir com urgência.

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